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domingo, 30 de setembro de 2012

Light

Caminhando de olhos vendados.

O cheiro de desgraça penetra em suas narinas
Dois caminhos diferentes, duas escolhas
Será um deles a vida
e o outro a morte?

Um cravo em seu peito
Seu mundo desaba
Foi a escolha certa
ou a errada?

A tristeza que corrompe seu coração
Irá sempre existir
E a felicidade pela qual você anseia tanto
Caminha junto da dor

Para que você se levante, é preciso cair
Após as más escolhas é que você reconhece as boas
É preciso sofrer
É preciso sofrer

À beira do abismo, chorando
Você quase pulou

Sabe aquela luz branca bem ali?
Não é a luz que te leva para a morte
Nem a luz que te leva ao paraíso
É simplesmente a luz que você possui
Para renascer

A tristeza que corrompe seu coração
Irá sempre existir
E a felicidade pela qual você anseia tanto
Caminha junto da dor

Para que você se levante, é preciso cair
O que seria o presente
sem o passado?
O que seria uma pessoa forte
sem seu aprendizado com o sofrimento?
É preciso sofrer

A tristeza que corrompe seu coração
Irá sempre existir
E da felicidade estará acompanhada
Pois depois do sofrimento
Você é recompensado

Retire as vendas
E observe o mundo
Aquela luz branca bem ali
É você



Notas: não faço a mínima ideia de quando criei essa música, mas eu curti. q
E ela é minha, me pertence, então... é isso aí.

domingo, 16 de setembro de 2012

Watashi no kanpekina tenshi

  Acordei bem cedo, depois de uma longa noite de sono, porém hoje foi diferente.
  Natsuki ainda dormia como um belo anjo que acabara de ser encontrado perto das portas do paraíso. Seus cabelos castanhos escapavam um pouco do estereotipo "loiro suave" de um anjo,mas eram encaracolados e macios como uma nuvem. Suas bochechas eram bem rosas, coradinhas, o que o deixava com um aspecto mais fofo. Seus olhos eram grandes e bem expressivos, além de serem tão verdes quanto a floresta "mais pura" do mundo. E tinha cílios grandes que só aumentavam seus olhos.
  Observando aquela pequena preciosidade, tão delicada e calma, comecei a me lembrar de quando nos conhecemos.
  Ele tinha apenas 17 anos, porém era o mais inteligente da classe. Sim, ele era um ano adiantado, devido ao seu raciocínio avançado (acho que devia estar mais outro ano adiantado, pois era e continua sendo muito esperto). Já eu, pelo contrário, era considerado um vagabundo, principalmente pelo fato de que repeti aquele ano duas vezes. Eu já ia fazer 20 anos e, se repetisse mais uma vez, seria expulso. Nem sei que outra escola me aceitaria. Com isso, eu decidi pedir ajuda para o tão conhecido "aluno mais inteligente da classe". E ele aceitou.
  Na primeira aula particular eu pensei que ele era um menininho arrogante, pois era o mais inteligente da turma e o mais novo também, porém ele provou ser o contrário. E logo nesse dia eu me apaixonei.Percebi que era um anjo e que eu devia protegê-lo de tudo.
  Após quase dois meses de aulas eu já havia melhorado bastante na escola e também já estava explodindo de tanto amor.
  Certo dia, quando estávamos saindo da escola eu me virei para ele e disse que o amava. Tão pequeno, porém tão especial para mim. Eu o beijei.
  Por incrível que pareça, ele não rejeitou e logo me abraçou. E então eu o abracei... Aquele pequeno corpo indefeso. Beijei sua testa e disse que nunca teria coragem de o abandonar, que precisava dele.
  A essa altura ele estava quente e bastante vermelho, mal conseguia me olhar nos olhos ou dizer sequer uma palavra. Então eu pedi desculpas e saí correndo. Mas ele, surpreendentemente, saiu correndo atrás de mim,me abraçou por trás e, chorando, disse:
  - Por favor, não vá! Você não sabe quanto tempo eu esperei por isso. Sempre fiquei com vergonha de me declarar, pensei que você não me aceitaria. Peço desculpas se faltei com o respeito, mas eu realmente fiquei sem reação, sem o que dizer... só sei que fiquei muito feliz.
  Então eu o abracei, olhei bem nos seus olhos, disse que o amava novamente e o beijei. Ele me abraçou e permanecemos neste estado durante um bom tempo.
  A partir desse dia começamos a nos encontrar frequentemente,mas não para estudar, é claro. Íamos ao cinema, andávamos em parques enquanto tomávamos sorvete e conversávamos. Já no inverno costumávamos ficar em casa abraçados. E foi assim durante três anos.
  Me perdi nas lembranças e quando "despertei" Natsuki me olhava, sorrindo. Já descrevi sua boca e seu sorriso? Seus lábios eram de um tamanho normal, macios e bem bonitinhos. Seus dentes eram brancos, o que abria mais o sorriso e suas bochechas ficavam ainda mais rosas quando ele sorria.
  A única coisa que tirava esse belo sorriso do seu rosto sem deixar ninguém triste era um beijo. Um beijo meu, porque eu não aceitaria dividir com ninguém esse meu anjo perfeito.

Rosa do passado


Eu estava deitado em minha cama, imóvel , como quem teve um parente morto a pouco tempo. Não sei o que me fez entrar nesse estado, só sei que foi horrível. Não conseguia pensar em nada, minha mente estava bloqueada. Só queria morrer.
   Aproximadamente 10 minutos depois a campainha do apartamento tocou. Hesitei e continuei no meu canto. Porém ela voltou a tocar... inúmeras vezes. Fiquei um pouco irritado, então fui abrir a maldita porta.
   Abri.
   Não havia ninguém, somente um buquê de flores que fora colocado cuidadosamente em cima do tapete da porta. Junto dele havia uma carta.
   Curioso, decidi pegar tudo e levar para dentro do apartamento. Senti o cheiro das flores. Rosas brancas, minhas favoritas. Como alguém poderia saber? 
   Talvez a resposta estivesse na carta. Talvez.
   Abri o pequeno envelope com cuidado e retirei um papel que dizia: "Me encontre no Canto dos Pássaros amanhã, da 12, às 16 horas". Não havia remetente, somente aquilo e meu nome no final com uma belíssima caligrafia. De quem seria?
   Não sabia se podia confiar numa carta dessas, porém a letra, o cheiro e principalmente a data me lembravam algo bom, traziam confiança.
   Coloquei as rosas em um vaso e guardei a carta.
   No dia seguinte eu acordei às 10 da manhã, como sempre. Costumo dormir mais do que o esperado para a minha idade, mas é que eu gosto disso.
   Enfim...
   O dia seria longo, porém não poderia esquecer... "Canto dos Pássaros"... "16 horas"... Tentei me acalmar um pouco. Não sei porque meu coração batia tão forte, porque essa ansiedade extrema. Só parecia que algo bom viria.
   A tarde foi passando, junto com a minha animação. O tédio me consumia. 
   Pronto, eram '15:30' no meu relógio. Decidi sair de casa, por mais que o parque fosse perto. Eu daria uma volta, analisaria as pessoas, tentaria me acalmar.
   Alguns minutos depois eu cheguei no Canto dos Pássaros. Parque mais bonito não há. Cheio de árvores e flores, perfeito para pombinhos apaixonados. O que não era o meu caso. E, após uma caminhada, comprei um sorvete e sentei em um banco. De repente, um homem alto, de cabelos compridos e bem vestido sentou-se ao meu lado. Tudo bem.
   Ou não.
   Ele se virou para mim, colocou a mão em meu rosto e me deu um caloroso beijo. Um beijo que me era familiar. Porém eu me afastei e pedi explicações:
   - Por quê fez isso?! E quem é você pra sair beijando qualquer um?! Principalmente um homem, como você!
   - Não se lembra de mim, Hiroki-san? - ele aproximou seus lábios do meu ouvido- Não se lembra dos belos dias que passamos juntos? - sussurou.
   Eu fiquei imóvel. Comecei a lembrar.
   Ele era meu colega de quarto na faculdade. Bom... era mais que um colega de quarto. Era mais que um melhor amigo. Ele era, definitivamente, tudo para mim.
   Sempre que eu entrava naquele quarto ele estava me esperando... esperando para fazermos tudo que vinha à mente. Eu o amava.
   Porém, certo dia, quando eu voltei para o quarto ele não estava lá. Só havia uma cartinha em cima de sua cama, onde ele me esperava, acompanhada de uma bela rosa branca.
   Sim, as lágrimas logo brotaram dos meus olhos, mesmo não sabendo o conteúdo da carta. Respirei fundo e fechei os olhos por alguns segundos.
   Voltei para a realidade. Maldita seja a realidade. Peguei a carta com cuidado e a abri. Nela estava escrito o seguinte texto (que eu guardo até hoje): 
   "Sinto muito. Sinto muito se te abandonei... Se te aborreci. Se te feri. Só quero que seja feliz.
   Mas... eu não tive escolha. A saúde da minha mãe está precária e ela precisa de mim. Porém sua doença é contagiosa e somente médicos especialistas podem se aproximar e tratar dela. Ela só precisa do dinheiro. E esse dinheiro eu consegui após entrar para o exército. Você não ficou sabendo de nada... não queria lhe preocupar. Agora servirei o país, a pátria. Salvarei a vida de muitas pessoas, inclusive da minha mãe. Só não sei se a minha será poupada... sinto muito.
   Eu te amo, Hiroki... Adeus."
   A esse ponto eu já estava chorando litros e mais mares. Não aguentava a dor de o perder. Meu primeiro amor.
   Cheguei a pegar uma faca e quanto estava prestes a fincá-la em meu peito, uma garota que estava no corredor me interrompeu e me acalmou.
   O tempo foi passando. Eu não havia o esquecido, porém a dor já não palpitava com tamanha intensidade. Pensei que nunca mais o veria. Porém aqui estava ele, bem à minha frente. Não pude aguentar a emoção. O abracei e comecei a chorar. E então ele me abraçou de volta, acariciando minha cabeça. 
   Aquelas mãos... grandes, quentes e acolhedoras. Porém agora com algumas características a mais: fortes e protetoras.
   Eu realmente não podia acreditar naquilo. Um antigo amor de volta, finalmente. Confesso que sempre esperei por esse dia... pensava que só estava me iludindo, mas agora é real. Então ele interrompeu meus pensamentos, colocou sua mão quente em minha face, olhou bem nos meus olhos e disse:
   - Sinto muito por ter te abandonado. Sinto muito por ter te aborrecido. Espero que você perdoe um coração tão frio quanto o meu. Mas quando eu penso em você ele se aquece, se enche de vida. Você é a minha vida... e eu nunca mais quero te perder. Não vou te abandonar. É uma promessa... que eu cumprirei. Eu te amo.
   E então ele me abraçou novamente e ficamos assim por um bom tempo. Depois ele me levou para casa.
   Acho que nunca fiquei tão feliz na vida e agora eu sei que a rosa branca do nosso amor nunca murchará.


Obs.: Pra ninguém dizer que roubei a história (de mim mesma q), aqui está o link: 
http://youarenotinheaven.blogspot.com.br/2012/07/rosa-do-passado.html

Olá

Eu criei esse blog (mais outro, sim) porque esses dias eu ando com uma enorme vontade e criatividade para escrever.
Então eu pensei: "por quê não criar um blog para postá-las?"
E aqui estou eu.
Espero que vocês gostem.

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E postarei alguns desenhos meus, porque eu quero. q